Os países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) têm tentado por muito tempo chegar a um acordo sobre novas regras para o comércio mundial. Um dos assuntos que têm impedido um acordo é a questão dos subsídios agrícolas dados pelos países ricos aos seus agricultores. O assunto voltou à tona em 2004, quando se reuniram o Brasil, a Índia, os Estados Unidos, a União Europeia e a Austrália.
Subsídios comerciais são a quantidade de dinheiro paga aos agricultores por unidade que eles produzem ou exportam. Eles têm o efeito de fazer com que a produção seja mais barata. Por isso, os subsídios fazem com que os agricultores se tornem mais competitivos e tendam a aumentar a produção. Eles são pagos, no geral, pelo contribuinte, via departamentos de governo ou associações de comércio.
Os agricultores dos países ricos são os que mais se beneficiam com os subsídios. Os Estados Unidos dão até 3,9 bilhões de dólares aos seus 25 mil produtores de algodão todos os anos. Isso, segundo a OMC, seria equivalente a mais de três vezes a ajuda financeira dada pelo governo norte-americano à África.
Quem sai perdendo? Muitos países ricos concordam que o ganho de seus agricultores representa um prejuízo para os produtores dos países pobres. Agricultores dos países ricos produzem muito para o próprio mercado. O excesso é “jogado” em países pobres a preços muito baixos, com os quais os produtores locais não podem competir. Além disso, quando os produtores dos países em desenvolvimento tentam exportar para os países ricos, eles estão na verdade competindo com agroindústrias subsidiadas. A ministra do Comércio britânica, Patricia Hewit, disse […]que acabar com os subsídios ajudaria a tirar “centenas de milhares de pessoas da pobreza”.
(Adaptado de <www1.folha.uol.com.br/folha/BBC>,30.7.2007. Acesso em 24.4.2008.)
Nelson Piletti. Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.
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