O Líbano é uma nação do continente asiático encravada entre a Síria, Israel e o mar Mediterrâneo. Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, seu território é formado por um pequeno e fértil planalto ao centro, cercado por duas cadeias de montanhas.
Por volta de 3000 a.C. estabeleceram-se ali povos de origem semita que se autodenominavam cananeus, uma vez que a região era conhecida pelo nome de Canaã. Os cananeus construíram seus aldeamentos sobretudo às margens do Mediterrâneo. Com grande atividade comercial, esse povoamento deu origem a diversas cidades portuárias, como Biblos, Ugarit e Tiro.
Embora as cidades tivessem idioma e hábitos culturais semelhantes, não estavam unificadas em torno de um reino. Eram cidades-Estado. Tinham, portanto, autonomia política e administrativa. De modo geral, eram governadas por monarcas, em torno dos quais encontravam-se a aristocracia – composta de comerciantes e proprietários de terras – e um clero poderoso. A grande massa urbana era formada por marinheiros e trabalhadores especializados em fabricar jóias, vidros, tecidos e outros produtos.
O comércio pelo mar
A comunicação entre as diferentes cidades-Estrado era feita principalmente pelo mar; com o tempo, os cananeus passaram também a estabelecer relações mercantis com outras populações mediterrâneas. Por volta de 2.500 a.C. algumas cidades cananeias haviam se transformado em ponto de encontro de caravanas de mercadores vindas das mais diferentes regiões, constituindo-se em verdadeiros entrepostos comerciais. Esse foi, por exemplo, o caso de Biblos, que se tornou o principal centro distribuidor do papiro fabricado no Egito.
Os cananeus se destacaram também pela produção de corantes, desenvolvendo uma sofisticada técnica de tingir tecidos. Teria sido por esse motivo que os gregos chamavam Canaã de Phoenicia (púrpura), palavra da qual derivam Fenícia e fenícios.
Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.
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