Os primeiros sinais do fortalecimento da monarquia francesa ocorreram no século XII. Esse fenômeno estava ligado ao renascimento comercial e urbano, à crise geral do sistema feudal e ao surgimento da burguesia comercial nas regiões dos rios Loire e Sena. Os reis da dinastia dos Capetos davam à nova classe condições de segurança contra o arbítrio dos senhores feudais. Com isso o comércio se desenvolvia e o rei arrecadava mais impostos.
Mas foi assim com a dinastia dos Valois que a monarquia francesa mais se fortaleceu. A Guerra dos Cem Anos teve nesse sentido um papel fundamental. A vasta região em que se deram os combates exigia um exército unificado. A nobreza perdeu muitos de seus homens em combates e saiu enfraquecida. Com a destruição de plantações e aldeias e a ruína do comércio e do artesanato, camponeses, comerciantes e artesãos passaram a apoiar as medidas tomadas pelo rei para fortalecer sua autoridade e pôr fim à desordem econômica e social. A França, assim ia se constituindo com um país unificado.
Todavia, a luta contra o poder tradicional da nobreza ainda iria durar muito tempo, pois ela não admitia perder os seus poderes tradicionais de taxar, julgar e punir.
Mas, apesar dessa resistência, o poder real foi se consolidando, formando-se verdadeiramente um reino francês unificado. Os reis da França, a partir das últimas décadas do século XV, tinham poder para mobilizar recursos humanos, financeiros e militares para arriscar empreendimentos no exterior, inclusive no além-mar.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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