O CAFÉ SOBERANO
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O CAFÉ SOBERANO


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O mineiro Afonso Pena, o sexto presidente da República, assumiu o posto em oposição a seu antecessor, Rodrigues Alves, que deixou o governo contrário à concessão de privilégios aos fazendeiros de café, definidos em 1906 em comum acordo entre os governadores de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

A colheita de café no último ano da gestão de Rodrigues Alves chegou a produzir 22 milhões de sacas que, somados aos 4 milhões em estoque, superavam em 16 milhões de sacas a demanda externa. A superprodução
Nome: Afonso Augusto Moreira Pena
Natural de:
Minas Gerais
Gestão:
15.nov.1906 a 14.jun.1909
Na continuidade das obras públicas de Rodrigues Alves, modernizou capitais e portos brasileiros, além de ampliar as redes ferroviária e telegráfica. Faleceu em 1909, 17 meses antes do término previsto de seu mandato. Assumiu, então, o vice-presidente Nilo Peçanha.

provocou uma forte desvalorização do preço do produto.

Como forma resolver o problema, fazendeiros concretizaram durante o Convênio de Taubaté, no mesmo ano, estratégias que protegessem os preços em caso de superprodução.

Assinado pelos três governadores, o convênio estabeleceu que os governos estaduais comprariam previamente o café, por preço fixado, para evitar a superprodução. A compra seria realizada com o dinheiro vindo de empréstimos bancários no exterior, e o produto seria guardado em estoques oficiais até ser comercializado à medida da procura internacional. Em uma virtual sobra, o café armazenado e pago pelo governo deveria ser queimado para o preço não cair. Fazendeiros não teriam prejuízos, o ônus da crise seria apenas do governo.

Afonso Pena, vice de Rodrigues Alves, manteve posição favorável aos cafeicultores e saiu beneficiado em sua eleição. Durante toda sua gestão, Pena foi alvo da oposição de outros grupos econômicos, contrários às diretrizes do Convênio de Taubaté.

O poder das oligarquias cafeeiras durante o período inicial da República e a afluência do capital externo possibilitaram a expansão paralela das indústrias neste período. Durante a gestão de Pena, em um censo realizado sobre o número de indústrias no país, em 1907, foram levantadas 3.258 empresas, empregando 150.841 operários. Estavam agrupadas nesse item tanto o artesanato como a manufatura e a grande indústria. Das grandes empresas, 85% se concentravam em São Paulo.

O novo presidente manteve a mesma política de seu antecessor em relação à modernização das cidades, em especial, o Rio de Janeiro. A política sanitarista elitista de Alves teve continuidade e, em 1908, moradores do Morro da Favela foram obrigados a deixar o local em dez dias.

Afonso Pena não chegou ao final de seu mandato. No dia 14 de junho de 1909, sofreu um derrame, 17 meses antes do término de seu governo.

A imprensa da época afirmava que Pena teria passado mal ao ser informado por seu ministro da Guerra, Hermes da Fonseca, que deixaria o governo e disputaria a eleição em oposição à política do então presidente.
Folha.com




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