Joana d’Arc nasceu em 1412, numa família camponesa de Domrémy, um lugarejo situado no interior da França. Quando menina, brincava, tomava conta dos carneiros e auxiliava a mãe em casa. Como quase todas as crianças camponesas de sua época, não lhe foi permitido aprender a ler e a escrever.
Joana tinha 12 anos quando afirmou ter ouvido vozes vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei. Aos 17 anos, vendo que boa parte do país estava nas mãos dos ingleses, Joana conseguiu um cavalo e partiu em direção ao Castelo de Chinon, residência do rei, para falar da revelação que tivera. O anjo Gabriel lhe teria dito que cabia a ela liderar os franceses na luta contra os ingleses.
Título Original: The Messenger: The Story of Joan of Arc -(EUA): 1999 - Direção: Luc Besson – distribuição Columbia Pictures - História de Joana D'Arc, jovem de 19 anos que lidera o exército francês contra os inimigos ingleses -
Contam que, ao ouvir a história da jovem pela boca de seu mensageiro, o rei decidiu testa-la. Emprestou seu manto real a um nobre, pediu que sentasse no seu trono e, indo para um canto do palácio misturou-se aos cortesãos. Depois, certo que Joana se dirigiria ao falso rei, mandou que ela entrasse. Dizem que Joana lançou apenas um olhar para quem estava no trono e caminhou, sem titubear, até onde estava o verdadeiro rei. Em seguida, reverenciou o rei Carlos e disse: “Senhor, vim conduzir seus exércitos à vitória”.
Depois de passar por outras provas igualmente difíceis diante dos teólogos do palácio real, Joana d’Arc recebeu das mãos do rei uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses. Comandados por Joana, os franceses obtiveram sucessivas vitórias, libertando, inclusive, a importante cidade de Reims, em cuja catedral o rei Carlos foi coroado e recebeu o título de Carlos VII.
Certo dia, no entanto, a valente Joana caiu numa armadilha e foi aprisionada pelo duque de Borgonha, que a vendeu aos ingleses. Desejando livrar-se dela, os ingleses a entregaram a um tribunal religioso, que a acusou de herege, de só andar com roupas de homem e condenou-a à morte na fogueira.
Curiosamente, Carlos VII, o rei a quem Joana tanto ajudou, nada fez para salva-la. Em 30 de maio de 1431, com apenas 19 anos, Joana d’Arc foi queimada viva na praça da cidade de Ruão. Suas cinzas foram lançadas no rio Sena para que não se transformassem em objeto de veneração pública. Hoje, para milhões de católicos, ela é Santa Joana d’Arc. A data de sua morte é comemorada em toda França.