Impeachment de Collor.
História do Brasil e do Mundo

Impeachment de Collor.


Fala rapaziada!

Dando continuidade ao Artigo sobre História do Brasil, vou continuar com os temas comemorativos que estão circulando muito nas mídias, e por sua vez acabam sendo um forte candidato para uma questão de vestibular.

Falaremos hoje sobre o Impeachment do presidente Fernando Collor em setembro de 1992.

Então vamos que vamos...

Em 1989, após 30 anos sem eleições diretas para presidente, os brasileiros puderam exercer os seus direitos de votação em 15 de novembro (1º Turno) e 17 de dezembro (2º Turno).

O candidato vitorioso foi ex-governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello do PRN que derrotou o seu adversário Luís Inácio Lula da Silva do PT por uma diferença de pouco mais de quatro milhões de votos.

Em sua agitada campanha eleitoral, Collor expunha uma imagem de político renovador, preocupado em combater os marajás (como eram chamados os funcionários públicos com altos salários que desfrutavam das mordomias do governo) e em modernizar a administração do Estado. Tinha como programa de governo, privatizar empresas estatais, combater os monopólios, abrir o país à concorrência internacional e desburocratizar as regulamentações econômicas.

Atenção: a vitória de Collor deve também as contribuições do empresariado, devido à possibilidade bem concreta de um governo de esquerda. Graças a esse apoio, Collor pôde realizar uma campanha milionária no segundo turno, inclusive contando com ajuda da Rede Globo que veiculou uma versão editada do debate entre Collor e Lula, em que aparecia o Lula com um desempenho inferior a do Collor.

Posteriormente, a Globo confirmou a edição, mas alegou que a edição não foi tendenciosa. (se isso é verdade, só Deus sabe, e Boninho...).

Já no começo de seu governo, Collor tomou medidas que afetaram duramente a população. Anunciava o Plano Collor - pacote de medidas econômicas para tentar conter a elevada inflação, que incluía o confisco das contas bancárias, poupanças e aplicações financeiras. Confiscou cerca de 80% do dinheiro que circulava no país. Houve também congelamento de preços e salários e demissões de funcionários públicos e extinguiu a moeda vigente que era o cruzado para o cruzeiro. Além disso, o seu governo iniciou a abertura do país ao capital estrangeiro e as privatizações.

O impacto social foi violento e sacrificante e ao mesmo tempo não conseguiu superar o seu isolamento político e nem conter a inflação.

Vale ressaltar que o pior para a população foi que, durante a campanha, Collor conseguiu assustar a classe média e o empresariado declarando que Lula, uma vez eleito presidente, iria sequestrar as cadernetas de poupança, e jurou que não tinha a menor intenção de fazer isso. Collor mentiu e ainda foi mais longe, não só confiscou a poupança como também as contas bancárias.

Depois de dois anos de mandato começaram surgir na imprensa inúmeras denúncias de corrupção envolvendo a cúpula do governo. Mas, a gota d´água foi quando seu irmão, Pedro Collor numa entrevista concedida a revista Veja expôs a fragilidade de Collor, no qual acusava o tesoureiro da campanha, Paulo César Faria (PC Farias), de comandar um grande esquema de corrupção que envolvia diretamente o presidente.

A gravidade levou Câmara dos Deputados a instituir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

A investigação foi revelada e exposta ao público - à rede de corrupção, sonegação fiscal e contas “fantasmas”. Uma série de negócios “sujos” dirigido por PC Farias amigo pessoal de Collor.

Com a confirmação, entidades civis entraram com o pedido de impeachment do presidente.

Enquanto isso, as ruas e praças do país foram tomadas por multidões em manifestação que exigiam o afastamento do presidente, como o e slogan: Fora Collor!
Destacou-se a presença de estudantes, chamados de caras-pintadas (por terem pintados o rosto de verde e amarelo nas manifestações).

No final dos trabalhos a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de impeachment por 441 votos a 38, em 29 de Setembro de 1992.

O presidente Collor foi condenado por crime de responsabilidade, e foi afastado.

Em 02 de Outubro, o vice-presidente, Itamar Franco, assumiu a presidência.

É isso ai!

Obrigado e fiquem com Deus!

Professor João Pestana
[email protected]
www.facebook.com.br/joao.pestana.1671








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