HOLOCAUSTO: O poder do ódio aprendido
História do Brasil e do Mundo

HOLOCAUSTO: O poder do ódio aprendido


Crianças e mulheres judias vigiados por soldados nazistas no Gueto de Varsóvia, na Polônia.


A imagem acima refere-se a um dos desdobramentos mais terríveis da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e porque não dizer da História da humanidade, o Holocausto. A proposta aqui não é a análise desta fotografia em si, mas submetê-la à condição de ferramenta ilustrativa acerca desta temática.  
O Holocausto foi a matança indiscriminada (extermínio) não só de judeus como muitos pensam e até afirmam, mas de grupos indesejados pela política nazista criada por Adolf Hitler. É bem verdade que os judeus encabeçaram a lista dos mais perseguidos e consequentemente dos mortos, porém acompanhava-os diante da extensa lista nazista de perseguição os homossexuais, simpatizantes e militantes comunistas, ativistas políticos, alguns sacerdotes religiosos, ciganos, dentre outros.
O historiador Alfredo Boulos Júnior, descreve em seu texto - A “Solução Final”: Fábrica de Morte - o que de fato acontecia nestes campos de extermínio nazista. Então vamos lá!


A “SOLUÇÃO FINAL”: FÁBRICAS DE MORTE

Em 1942 os líderes nazistas decidiram que matariam todos os judeus em campos de extermínio especialmente construídos para essa finalidade. Era a chamada “solução final”.
Os campos de concentração, locais onde os nazistas faziam os prisioneiros trabalhar como escravos, já existiam na Alemanha há alguns anos, mas os campos de extermínio foram uma “novidade” introduzida em 1942. Dos países ocupados por Hitler, a Polônia era o que tinha o maior número de judeus, cerca de três milhões. Por isso, lá foram construídos os maiores campos de concentração, como Auschwitz, Teblinka e Sobibor.
Prisioneiros de toda a Europa eram levados para esses campos; os nazistas lhes diziam que estavam indo trabalhar para a Alemanha nazista. Na verdade, eles estavam sendo mandados para uma espécie de “matadouro humano”. A maioria dos prisioneiros era composta de judeus, mas além deles havia também um grande número de eslavos (russos, sérvios), ciganos, religiosos pacifistas (padres e pastores que pregavam contra a guerra e também testemunhas de Jeová, que se recusavam a prestar o serviço militar) e outros inimigos do nazismo.
Logo na entrada dos campos, os médicos nazistas separavam as pessoas em duas filas: uma delas era composta de velhos, doentes e crianças, mandados imediatamente para a morte nas câmaras de gás. Essas pessoas não sabiam que estavam sendo mandadas para as câmaras de gás, pois os carrascos nazistas diziam que a fila era para os prisioneiros tomarem banho de chuveiro. Esses médicos também esterilizavam prisioneiros e os usavam como cobaias em experiências.   

Ruínas da Câmara de Gás-Crematório II, em Auschwitz.
Só aqui morreram  cerca de 500.000 pessoas.
  
Os campos de extermínio eram autênticas “fábricas de morte”. Em Auschwitz eram mortas cerca de 6 mil pessoas por dia. Os prisioneiros eram vítimas das piores humilhações e maus-tratos: tinham a cabeça raspada e eram obrigados a andar nus ou em trapos (mesmo durante o gelado inverno europeu); as mulheres eram constantemente violentas pelos guardas, e as condições de higiene eram as piores possíveis (o que favorecia a disseminação de doenças). Antes de a guerra terminar, as notícias sobre o extermínio cometido nesses campos eram vistas como “exagero” ou “invenção” da propaganda dos Aliados. Mas com o fim da guerra vieram à tona muitos documentos, e não foi mais possível esconder o horror.



Prisioneiros eslavos que sobreviveram ao Holocausto.
Eles estavam no campo de concentração de Buchenwald.Repare no estado crítico das instalações e de saúde
em que estes homens se encontravam
no momento em que foram libertos.

Calcula-se que nesses campos foram mortos cerca de 6 milhões de judeus, 300 mil ciganos e centenas de milhares de soviéticos, homossexuais, deficientes físicos e religiosos. Quando terminou a guerra a maioria dos sobreviventes não tinha mais para onde ir. Muitos perderam a família inteira durante a guerra. Havia milhares de refugiados sem lar, pátria ou família, principalmente judeus, na Europa.

As pilhas de corpos dos judeus e demais reclusos se tornavam uma cena comum
nas áreas  dos campos de extermínio nazista revelando-os a crueldade
e o descaso com a vida humana proporcionada por Hitler e seus algozes.

Texto: Alfredo Boulos Júnior
Organização das ilustrações e legendas por Hermes Júnior


Para enriquecer a nossa postagem proponho o vídeo abaixo que foi feito em 1945 durante a libertação dos campos de Buchenwald e Dachau mostrando todo horror do genocídio nazista:



Gostaria também de deixar algumas sugestões de filmes que servem para se estudar ou se trabalhar em sala de aula acerca do tema:





Contudo, todos nós ficamos a nos perguntar: Como o ser humano foi capaz de praticar algo de tamanha crueldade? 
Procurando responder a minha indagação, encontrei num pensamento de Nelson Mandela a explicação perfeita para tudo o que ocorreu durante o Holocausto e é incrível como em contextos históricos distintos, este pensamento explica mais um triste evento da História do homem na Terra ( o Holocausto) de acordo com a dinâmica da lógica nazista:

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem  ou ainda sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." 
(Nelson Mandela)

Ficamos por aqui,
Grande abraço!







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