HISTÓRIA
História do Brasil e do Mundo

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TEMA 3 :  IMPERIALISMO  (NEOCOLONIALISMO)

- Significado histórico: A segunda revolução industrial gerou necessidades para as potências europeias tais como novos mercados consumidores; áreas de investimento e enquadramento populacional e demanda por mão de obra. Daí a corrida imperialista em direção aos continentes africano e asiático, acirrando as rivalidades já existentes e abrindo caminho para o armamentismo e a guerra.

- Países pioneiros: Bélgica (domínio sobre o Congo) e França (conquista da Argélia).

- Conferência de Berlim (1885):

* Partilha da África
* Fim da escravidão no continente negro;
* Bacia do Congo transformada em área de livre navegação.


- Países mais beneficiados: Inglaterra e França;


   Ao estabelecer as “regras” para a partilha da África, as potências priorizaram seus interesses geopolíticos e econômicos. O objetivo era delimitar  as fronteiras  e as áreas de influência de cada potência – daí a criação de muitas fronteiras artificiais, menosprezando a diversidade étnica e cultural dos povos africanos. Ao deixar grupos africanos rivais dentro de um mesmo território, fomentar alianças colaboracionistas com as elites locais ou simplesmente separar um mesmo povo em territórios distintos, o colonizador provocou  a desarticulação daquelas comunidades, acirrou rivalidades e conflitos e causou uma profunda instabilidade política e social que até hoje se perpetua.   



- Ideologia da “missão civilizatória”



CONFLITOS PROVOCADOS PELA EXPANSÃO IMPERIALISTA 

  • Ø Guerra dos Bôeres ( África do Sul, 1880) :Opôs   colonos de origem holandesa (chamados bôeres), ao exército britânico, que pretendia se apoderar das minas de diamante e ouro encontradas naquele território.
  • Ø  Guerra  do  Ópio (China,1839) :  O ópio produzido na Índia era contrabandeado para a China; 
  • Ø  Governo chinês reage e as potências invadem a China;
  • Ø  A China se vê obrigada a abrir 11 portos para  o comércio exterior;
  • Ø  Revolta dos Cipaios( Índia,1857) :  nacionalistas hindus contra  o protetorado inglês;
  • Ø  A Índia torna-se colônia do Império britânico;
  • Ø  A rainha Vitória é coroada imperatriz da Índia;
  •  Ø  Os EUA forçaram a abertura dos portos japoneses (1853);
  • Ø  Restauração Meiji: desenvolvimento industrial e modernização;
  • Ø  Abolição do sistema feudal;
  • Ø  Abertura ao capital estrangeiro;
  • Ø  Investimento em tecnologia bélica;
  • Ø  Domínio francês sobre o território da Indochina (hoje correspondente às Repúblicas do Vietnã, Camboja e Laos;




QUESTÕES  PARA  RESPONDER  ( O GABARITO ESTÁ LOGO ABAIXO)


1) No século XIX, o colonialismo adota uma nova fase: a dimensão imperial. As potências capitalistas, enriquecidas pelo progresso técnico, repartem e conquistam territórios com meios militares desenvolvidos pela revolução industrial.


Fazem parte desse processo histórico:


A - a colonização mercantilista e a busca por territórios fornecedores de matérias-primas e de metais preciosos.
B - o desenvolvimento industrial e as rivalidades entre França e Inglaterra
 que culminaram no Bloqueio Continental.
C - o capitalismo financeiro-monopolista e a partilha da África e da Ásia definida na Conferência de Berlim.
D - a formação da classe operária inglesa e a introdução do sistema de divisão de trabalho nas indústrias.
E - a hegemonia norte-americana frente à europeia na corrida colonial e o acentuado processo de urbanização.

2) Comparando-se o colonialismo iniciado no século XVI com o neocolonialismo dos séculos XIX e XX, é correto afirmar que:


A - O primeiro centrou-se na colonização da África e da Ásia pelos países ibéricos, enquanto o segundo teve a América como principal área de domínio das potências europeias.
B - Ambos foram justificados ideologicamente pela necessidade de expansão do catolicismo por meio da catequese dos nativos que habitavam os continentes atingidos.
C - O primeiro visava ao fornecimento de metais preciosos e produtos tropicais, já o segundo buscava conquistar mercados, áreas de investimento e matérias-primas estratégicas.
D - Ambos se desenvolveram no contexto do capitalismo industrial, mas com funções diferentes: o primeiro abastecia de matérias-primas a Europa e o segundo consumia seus excedentes.
E - O primeiro baseou-se no liberalismo econômico, porém o segundo adotou princípios da política mercantilista, por exemplo, o monopólio e o metalismo.

3) A expansão imperialista das potências europeias sobre o continente africano, entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX, alterou as estruturas das várias nações e territórios nos quais se manifestou.


 Sobre o imperialismo europeu na África, nesse contexto, é correto afirmar que:


A - justificou sua dominação na ideologia que defendia a ação europeia como uma missão civilizadora capaz de conduzir os povos do continente a melhores condições de vida sob a tutela europeia;
B - buscou a integração econômica das áreas dominadas como produtoras de manufaturados e exportadoras de capitais excedentes que atendessem às  demandas de consumo geradas pela expansão demográfica europeia;
C - Instituiu a dominação política e territorial sobre as áreas litorâneas e as antigas feitorias coloniais, tendo em vista o desenvolvimento do rico comércio das rotas marítimas da África oriental;
D - promoveu os conflitos culturais no continente, ao privilegiar as culturas tradicionais nas funções administrativas locais em detrimento das etnias europeizadas;
E - fortaleceu as lideranças tribais e o provincianismo como forma de controle social dos contingentes demográficos nativos majoritários frente aos europeus.

4) A respeito da Guerra dos Bôeres (1899-1902), sabemos que:


A - foi uma guerra travada entre a França e a Alemanha pela conquista de Marrocos;
B - resultou das pretensões italianas de obter a Eritréia e a região da Somália, que lhe foram negadas pela Inglaterra;
C - teve como consequência a conquista do Camerun (hoje República dos Camarões) pela Alemanha;
D - originou-se das rivalidades franco-belgas a respeito da posse da região do Congo;
E - foi uma guerra empreendida pela Inglaterra contra colonizadores de origem holandesa, a fim de obter as regiões do Transvaal e Orange, no sul da África.

5) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiram características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas.
A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas:


A - A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais.
B - A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.
C - A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
D - A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação  dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
E - O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.

6) A Guerra do Ópio (1840-1842) teve como uma de suas consequências:


A - a maior penetração do imperialismo inglês na China;
B - fechamento dos portos da China ao comércio ocidental;
C - a eliminação da influência colonialista francesa na China;
D - a queda do sistema de mandarinato na China;
E - a instituição de um governo republicano na China.


7) Longe dos olhos do público, os grandes trustes e cartéis travavam uma luta de vida ou morte pelo controle dos mercados consumidores ou produtores de matérias-primas. Essa luta, quando não ameaçava diretamente a paz, perturbava a vida de diversos países. A ascensão japonesa e a norte-americana trouxeram muitas dificuldades para os grandes grupos econômicos europeus, os quais, pressionados pela concorrência de novas potências, intensificaram a disputa interna europeia, envolvendo, principalmente, Inglaterra, França e Alemanha. A Europa perdia cada vez mais autossuficiência. Para resolver esse problema, a saída encontrada pelos países europeus foi a partilha da África e da Ásia em áreas coloniais e a conquista de mercados nos países independentes da América Latina. (...)
(Cáceres, p. 335)


A análise do texto, associada aos conhecimentos sobre imperialismo e descolonização, permite afirmar:


A - A ação concreta do imperialismo europeu esteve centrada em práticas e em métodos unificados para as áreas da América Latina, da África e da Ásia.
B - As potências imperialistas europeias, ao lado do Japão e dos Estados Unidos, atuaram de modo a possibilitar uma melhor distribuição de renda no continente asiático.
C - A descolonização da América Latina ocorreu simultaneamente à da Ásia, possibilitando a independência política dos países dessas regiões.
D - As disputas imperialistas, na África, intensificaram a fragilidade da estrutura econômica, desarticulando o processo produtivo do continente.
E - A perda de autossuficiência da Europa, registrada no texto, foi superada, no período entre guerras, devido à ação dos Estados ditatoriais.

8) Longe dos olhos do público, os grandes trustes e cartéis travavam uma luta de vida ou morte pelo controle dos mercados consumidores ou produtores de matérias-primas. Essa luta, quando não ameaçava diretamente a paz, perturbava a vida de diversos países. A ascensão japonesa e a norte-americana trouxeram muitas dificuldades para os grandes grupos econômicos europeus, os quais, pressionados pela concorrência de novas potências, intensificaram a disputa interna europeia, envolvendo, principalmente, Inglaterra, França e Alemanha. A Europa perdia cada vez mais autossuficiência. Para resolver esse problema, a saída encontrada pelos países europeus foi a partilha da África e da Ásia em áreas coloniais e a conquista de mercados nos países independentes da América Latina. (...)
(Cáceres, p. 335)


O texto refere-se ao momento histórico em que predominava:


A - o método metalista;
B - a livre concorrência;
C - a teoria mercantilista;
D - a prática monopolista;
E - o liberalismo econômico.

9) "Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos permitiu conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um indígena, por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial britânico."
(Lord Kitchener, in: PANIKKAR, K. M., A Dominação Ocidental na Ásia. Tradução de Nemésio Salles, Rio de Janeiro: Saga, 1965, p. 160.)

A expansão imperialista europeia sobre o continente asiático, ao longo do século XIX e o início do século XX, atingiu uma de suas principais expressões na dominação britânica sobre duas das mais antigas civilizações da Ásia: a China e a Índia.


Marque a opção abaixo que apresenta uma característica correta da dominação imperialista inglesa sobre a China ou a Índia.


A - Na Índia, a extinção do sistema religioso de castas favoreceu a inclusão dos indianos na sociedade inglesa, porque foram utilizados como mão de obra barata no parque industrial da Inglaterra.
B - Na China, a vitória militar dos ingleses sobre os exércitos imperiais chineses na Guerra do Ópio (1841) determinou a instalação do monopólio da Inglaterra sobre o comércio chinês de especiarias com o Ocidente.
C - Na Índia, a dominação britânica provocou a destruição da economia tradicional voltada para a subsistência e sustentada por manufaturas têxteis incapazes de concorrer com a produção inglesa de tecidos de algodão.
D - Na China, a hegemonia política e econômica inglesa impediu a atuação de outras potências imperialistas porque isolou o território chinês pelo Tratado de Pequim (1860).
E - Na Índia, uma alta burocracia de indianos exercia a administração das áreas conquistadas para reduzir os custos elevados gerados pelos gastos militares com dominação imperialista.

10) Com a publicação do livro do economista inglês Hobsbawm, Imperialismo, um estudo, em 1902, difundiu-se o significado moderno da expressão "imperialismo", que passou a ser entendido como:


A - um esforço despendido pelas economias centrais, no sentido de promover as economias periféricas;
B - a condição prévia e necessária ao incremento do desenvolvimento industrial nos países capitalistas;
C - um acordo entre as potências capitalistas, visando dividir, de forma pacífica, os mercados mundiais;
D - a expansão econômica e política em escala mundial das economias capitalistas na fase monopolista;
E - o "fardo do homem branco", um empreendimento europeu, procurando expandir a civilização na África.


GABARITO:

1 C/ 1C/ 3A / 4 E / 5 B/ 6A / 7D / 8 E / 9 C / 10 D



  










              




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