Governo Floriano Peixoto
História do Brasil e do Mundo

Governo Floriano Peixoto


Para governar, o novo presidente precisava se legitimar. Para isso, Floriano Peixoto contou com o apoio das duas maiores forças políticas que existiam naquele momento no país: o Exército e o poderoso Partido Republicano Paulista. Contou também com o apoio de pequenos comerciantes, artesãos e funcionários das maiores cidades do país, em especial do Rio de Janeiro. Para essas camadas populares urbanas, Floriano representava uma possibilidade de reformas sociais.

Floriano soube aproveitar esse momento de popularidade. Tornara-se um republicano radical e obtinha cada vez mais apoio popular por causa de suas posições. Seus primeiros atos como presidente fizeram aumentar ainda mais seu prestígio: interveio no mercado de carne, fazendo baixar o preço do produto; determinou que o prefeito do Distrito Federal, Barata Ribeiro, desapropriasse casas, como as que eram de propriedade do conde D'Eu, o cortiço conhecido como Cabeça de Porco, baixando os aluguéis.

Essa fase do governo ficou conhecida como República Jacobina, porque alguns viam semelhanças com o período radical da Revolução Francesa, durante o governo de Robespierre, do Partido Jacobino.

Se de um lado Floriano contava com certo apoio popular de outro a oposição política ao presidente era grande. O presidente enfrentou a acusação por parte da oposição de que seu mandato era inconstitucional, porque, segundo o artigo 42 da Constituição, o vice-presidente só poderia ter assumido depois de dois anos de mandato do presidente. Floriano teve ainda de enfrentar uma forte oposição armada que estourou no Rio Grande do Sul.

A Revolução Federalista e a Revolta Armada

A instauração da república de tendência descentralizadora no Brasil foi uma resposta ao centralismo político do Império. O sistema federalista dava autonomia aos estados, que eram governados por partidos únicos, os Partidos Republicanos. De modo geral, era isso que vinha ocorrendo desde o início da República. Mas isso não aconteceu no Rio Grande do Sul, onde o Partido Republicano local enfrentou forte oposição, que resultou numa guerra civil, conhecida como Revolução Federalista. Esse conflito envolveu dois grupos: os chimangos ou pica-paus, partidários de Floriano Peixoto que, sob a liderança do positivista Júlio de Castilho, opunham-se aos federalistas; e os maragatos, sob a liderança do monarquista Silveira Martins do Partido Federalista, que se opunham ao governo de Floriano e aos seus partidários chimangos.

A Revolta Armada se originou em setembro de 1893, quando o almirante Custódio de Melo se declarou em rebelião e bombardeou o Rio de Janeiro com os navios que havia tomado. Pouco depois, o almirante monarquista Saldanha da Gama aliou-se a Custódio, mas não conseguiram tomar o Rio de Janeiro. Os navios rebeldes rumaram para Santa Catarina para se juntar aos maragatos federalistas do sul.

O governo de Floriano Peixoto, apoiado em setores fiéis da Marinha e do Exército, utilizando-se de novos navios de guerra, derrotou os rebeldes, tomando a cidade de Desterro, capital da província de Santa Catarina, mais tarde Florianópolis.

 

Fim do governo Floriano e novas eleições

Os republicanos paulistas deram total apoio a Floriano durante as rebeliões do sul e da Armada. Precisavam garantir a manutenção do federalismo republicano, mesmo que momentaneamente a autoridade do presidente fosse absoluta. Passado o perigo das rebeliões, prepararam-se para tomar efetivamente o poder político. Precisaram para isso organizar o Partido Republicano nacionalmente. O Partido Republicano Federal, na convenção de setembro de 1893, lançou a candidatura de Prudente de Morais. Eleito no dia 1º de março de 1894, com cerca de 300 mil votos. ou seja, cerca de 6% da população brasileira, 94% dos brasileiros não podiam votar.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. Ensino médio. volume único

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