Dom Pedro II, o Pacífico

Rei que governou Portugal (1667-1706) e foi rei (1683-1706) nascido em Lisboa, que foi chamado de Pacífico pelo fato de ter assinado a paz com a Espanha (1668). Era o segundo filho do rei João IV de Portugal e Luísa de Gusmão, sendo assim Senhor da Casa do Infantado. Assumiu o trono de Portugal (1683), sucedendo ao irmão Afonso VI, embora já estivesse exercendo as funções de regente do reino a 15 anos (1668-1683), devido à instabilidade mental do irmão. O seu reinado deveria ter começado quando faleceu seu pai, D. João IV (1656), evitando assim mais uma sucessão régia anormal e um processo de casamento arranjado. No seu governo dissolveu as cortes deliberativas, sob a acusação de que pretendiam deliberar em assuntos que não eram da sua competência, estabelecendo oficialmente o absolutismo régio em Portugal. O restabelecimento das cortes dos representantes do povo só voltaria a ocorrer já no período do liberalismo. Na verdade os procedimentos absolutistas tinham começado muito antes, pelo menos no governo de D. João II. Foi durante o seu período de governo que foram encontradas as grandes reservas de ouro, diamantes e esmeraldas, no Brasil, o que veio criar condições econômicas favoráveis e enriquecer artisticamente o País, especialmente com o desenvolvimento do Estilo Barroco, no qual foram construídos inúmeros palácios e igrejas.

Assinou um famoso convênio comercial com a Grã-Bretanha, o Tratado de Methwen, apontado como favorável à comercialização do vinho do Porto e altamente prejudicial à incipiente indústria nacional. Depois do falecimento de D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, o rei contraiu segundas núpcias com D. Maria Sofia Isabel de Neuburgo, filha do conde do Reno, o Eleitor Palatino, de quem nasceu o sucessor do trono. Morreu na cidade de Alcântara e foi sepultado em Lisboa no Panteão dos Braganças. Apesar do cognome, logo a seguir a assinatura da paz com a Espanha, desnecessariamente entrou noutro conflito, a Guerra da Sucessão daquele país.

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