Criação do Estado de Israel
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Criação do Estado de Israel


Antes da criação do Estado de Israel, em 1948. Os judeus viviam dispersos por vários países do mundo. Discriminados e muitas vezes segregados (isolados) em guetos, eles foram vítimas de constantes perseguições.

No final do século XIX surgiu o movimento sionista, criado para promover a criação de um território judeu na Palestina, berço da antiga civilização hebraica. Judeus do mundo inteiro se mobilizaram e levantaram recursos para a aquisição de terras na região, habitada por árabes palestinos e sob controle político da Grã Bretanha desde o final da Primeira Guerra Mundial.

A chegada constante de levas de migrantes judeus da Europa foi marcada desde o início pelo conflito com a população de árabes palestinos. Para se impor na região os judeus organizaram uma força militar clandestina, que aterrorizava e expulsava camponeses palestinos das terras que ocupavam.

Com a ascensão do nazismo e a exacerbação (intensificação) do anti-semitismo (contrário aos semitas, principalmente judeus), grandes contingentes de judeus migraram para a Palestina, aumentando a tensão na região.

Em 1947, a Inglaterra renunciou ao seu controle sobre a Palestina, ficando para a ONU (Organização das Nações Unidas) a tarefa de resolver o conflito entre palestinos e israelitas. Nesse mesmo ano a entidade determinou a criação de dois Estados soberanos na região, um israelense e um palestino. Embora a população palestina fosse cerca de duas vezes maior.

O plano da ONU de partilha da região foi prontamente repelido pelos palestinos e pelos demais povos árabes vizinhos. Intensificaram-se as hostilidades entre os dois povos.

Em 14 de maio de 1948, o líder político judeu Ben Gurion proclamou a formação do Estado de Israel, provocando a reação militar da Liga Árabe (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria), o que deu início à Primeira Guerra Árabe-Israelense. A vitória dos judeus sepultou no nascedouro o Estado palestino. O território destinado pela ONU aos palestinos foi ocupado por forças israelenses, egípcias e jordanianas.

Ben Gurion, líder político judeu

 

Isso provocou uma migração em massa de palestinos para os países vizinhos, dando origem aos campos de refugiados, os quais permaneceram até hoje como um problema sem solução.

As divergências entre árabes e judeus provocaria novas guerras:

As vitórias israelenses nessas guerras permitiram ao Estado de Israel a ampliação do seu território: dos 14.500 quilômetros quadrados destinados pela ONU em 1947, Israel passou a ter 89.489 quilômetros quadrados depois das guerras.

Sob o domínio israelense os palestinos se tornaram cidadãos de segunda categoria, perdendo grande parte dos seus direitos. Todavia, a reação palestina a essa situação nunca deixou de se manifestar. Pequenos grupos de guerrilheiros palestinos se formaram desde o início da dominação judaica. Em 1959 foi criado o Movimento de Libertação da Palestina, a Al-Fatah, que, em 1964, recebeu a adesão de outros grupos de resistência à dominação israelense e passou a ser denominada de OLP (Organização para a Libertação da Palestina).

Em 1979, pelo acordo de Camp David, intermediado pelos Estados Unidos, Israel devolveu a península do Sinai ao Egito, que reconheceu o Estado de Israel. Isso provocou violentas reações no mundo árabe, inclusive o assassinato de Anwar Al Sadat, o presidente egípcio que assinou o acordo de Camp David.

Em 1987, teve início a primeira Intifada, revolta popular contra os israelenses nos territórios ocupados. Os anos que se seguiram foram de muita violência de ambos os lados.

Finalmente, em 1993 e 1994, pelos acordos de Oslo, Israel e a OLP firmaram um acordo de reconhecimento mútuo e que previam a retirada de tropas israelenses de alguns territórios ocupados e a criação da Autoridade Nacional Palestina, germe de um futuro Estado Palestino.

Mas esses acordos de paz têm sido constantemente boicotados pelos extremistas de ambos os lados. basta dizer que o primeiro-ministro israelense, Itzak Rabin, o protagonista israelense dos acordos de Oslo, foi assassinado por um extremista judeu.

Itzak Rabin 

 

Em 2000 teve início a segunda Intifada, com uma série de ataques suicidas contra a população e as forças israelenses, sempre respondidas com uma violência indiscriminada contra os palestinos.

Após o atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o governo norte-americano se empenhou em contribuir para a resolução do conflito entre israelenses e palestinos. Seria uma forma de combater o denominado terrorismo árabe. Em 2003, os Estados Unidos, a ONU, a União Européia e a Rússia propuseram  o plano conhecido como Roteiro para a Paz:

É uma esperança de paz para a região.

 

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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