Capital Manaus - Amazonas - Brasil
História do Brasil e do Mundo

Capital Manaus - Amazonas - Brasil


Manaus é um município brasileiro, capital do estado do Amazonas e o principal centro financeiro, corporativo e econômico da Região Norte do Brasil. É uma cidade histórica e portuária, localizada no centro da maior floresta tropical do mundo. Situa-se na confluência dos rios Negro e Solimões. É uma das cidades brasileiras mais conhecidas mundialmente, principalmente pelo seu potencial turístico e pelo ecoturismo, o que faz do município o décimo maior destino de turistas no Brasil. Pertence à mesorregião do Centro Amazonense e à microrregião homônima, e destaca-se pelo seu patrimônio arquitetônico e cultural, com notáveis museus, teatros, templos, palácios e bibliotecas. Está localizada no extremo norte do país, a 3 490 quilômetros da capital nacional, Brasília.
É a cidade mais populosa do Amazonas e da Amazônia, com uma população de 2 020 301 habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) em 2014. Em nível nacional, se coloca como a sétima mais populosa do Brasil, além da 131ª mais populosa do mundo. É sede da Região Metropolitana de Manaus, a mais populosa do norte do país e a décima-primeira mais populosa do Brasil, com 2 360 491 habitantes, representando 1,22% da população total brasileira. Apesar de registrar uma das maiores economias do país e ser um de seus municípios mais populosos, Manaus possui um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais brasileiras, com 0,737 pontos, o que a coloca na 23ª colocação entre as capitais estaduais do país, à frente somente de outras quatro capitais. Em sua região metropolitana, o índice é ainda mais baixo, com 0,720 pontos, o pior resultado entre as 16 principais regiões metropolitanas brasileiras.
Originalmente fundada em 1669 pelos portugueses com o forte de São José do Rio Negro,12 foi elevada à vila em 1832 com o nome de Manaos, em homenagem à nação indígena dos manaós,1 sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual.12 Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha, atraindo investimentos estrangeiros e imigrantes de algumas partes do mundo, sobretudo franceses. Nessa época foi batizada como "Coração da Amazônia" e "Cidade da Floresta".12 Atualmente seu principal motor econômico é aZona Franca de Manaus.
Com a sexta maior economia do Brasil, a cidade aumentou gradativamente a sua participação na composição da setor econômico brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia brasileira.18 No ranking da revista América Economia, Manaus aparece como uma das 30 melhores cidades no ramo de negócios da América Latina,19 ficando à frente de capitais de países sul-americanos como Caracas, Assunção e Quito.19 Foi uma das doze cidades-sede brasileiras da Copa do Mundo de 2014.

 

Etimologia:

Manaus (AFI: [m???na??s] ou AFI: [ma?na??s]) foi fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro,20 a sede da Capitania e a sede da Província foi estabelecida na margem esquerda do rio Negro.
A origem do nome da cidade provém da tribo dos manaós,12 habitante da região dos rios Negro e Solimões. A grafia antiga da cidade preservava o "O" e acentuava a vogal precedente: "Manáos".21 Na língua indígena, Manaus é a variação de Manaos, que significa Mãe dos Deuses. No século XIX a cidade chamava-se Barra do Rio Negro.
Ainda no passado, a palavra Manau era atribuída a uma das muitas tribos que habitaram o rio Negro. Os etnólogos afirmam que os índios Manaos são de origem aruaque. Outras formas de se escrever o nome da cidade também foram utilizadas. Em 1862, na edição da tipografia escrita por Francisco José da Silva Ramos, o nome da cidade aparece com a grafia Manáus (acentuando a letra A e substituindo a letra O por U). Porém, na última página da tipografia, está grafado Manaos, nome comumente usado pelos habitantes da cidade e historiadores. Em uma manchete denominada Notizie Interessanti sulla Província delle Amazzoni ? nel nord Del Brasile ("Notícias interessantes sobre a Província das Amazonas - no norte do Brasil"), editada em Roma, em 1882, o nome da cidade está grafado Manaos repetidas vezes. O nome atual da cidade, Manaus, só foi grafado pela primeira vez em 1908, na tipografia do escritor Bertino de Miranda.21

 

História:

Antes de os europeus chegarem à Amazônia, no século XVI, eram numerosos os povos indígenas que habitavam a região. Estes dividiam-se em diferentes etnias, que se diferenciavam por suas línguas e costumes e dedicavam-se à pesca e à cultura da mandioca, promovendo um intenso comércio intertribal. Suas habitações eram amplas e arejadas, feitas de troncos de árvores e cobertas de palha. Dentre os povos que habitavam a região do atual Rio Negro, três se destacavam pelo elevado número populacional e influência ante os conquistadores: os Manáos, os Barés e os Tarumãs. Os Manáos constituíam o grupo étnico indígena mais importante da região, onde habitavam as duas margens do Rio Negro e possuindo população de cerca de 10 mil índios no século XVII, número avaliado após os primeiros violentos conflitos travados com os portugueses colonizadores.22
Colonização europeia:
Mapa de 1562 da região do Rio Amazonas.
A região onde atualmente se encontra o estado do Amazonas era parte integrante da Espanha, à época do descobrimento do Brasil pelos portugueses, entretanto foi ocupada e colonizada por Portugal. O período de povoação europeia na Amazônia inicia-se entre os anos de 1580 e 1640, época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, não havendo desrespeito oficial aos interesses espanhóis por parte dos portugueses quando penetraram na região amazônica.23 A ocupação do lugar onde se encontra hoje Manaus foi demorada devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata).23 24 Entre 1637 e 1639, o explorador português Pedro Teixeira partiu com uma expedição de Cametá até a cidade de Iquitos, no Peru, com a finalidade de tomar posse da região em nome do Império Português.23
A primeira tentativa de ocupação da região de Manaus ocorreu em 1657, quando tropas de resgate comandadas pelo cabo Bento Miguel Parente saíram de São Luís acompanhadas de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. Durante algum tempo, a tropa fixou-se na foz do rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e, como de costume, rezada uma missa. Em 1658, outra tropa de resgate oriunda também do Maranhão chegou à região, procurando além dos nativos, as chamadas drogas do sertão. Os nativos tinham suas aldeias saqueadas pelos exploradores e os rebeldes que recusavam-se a serem escravizados eram mortos. O interesse em construir um forte na localidade surgiu apenas em 1668, quando o capitão Pedro da Costa Favela, caçador de índios, ao retornar ao Pará, convenceu o governador Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho da necessidade tática de se guarnecer a região contra o assédio dos holandeses e espanhóis. A missão de construir um simulacro de fortaleza foi dada a Francisco da Mota Falcão, que recebeu o auxílio de Manuel da Mota Siqueira.23
Assim sendo, a colonização europeia na região de Manaus começou em 1669, com uma fortaleza em pedra e barro, com quatro canhões. O Forte de São José da Barra do Rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa de Portugal na região, principalmente contra a invasão de holandeses, na época aquartelados onde hoje é o Suriname. O Forte situava-se próximo a foz do Rio Negro e desempenhou sua missão durante 114 anos, sendo o capitão Angélico de Barros o seu primeiro comandante.12
Em 3 de junho de 1542 o rio Negro foi descoberto por Francisco de Orellana, que lhe pôs o nome. A região onde se encontrava o Forte de São José da Barra do Rio Negro foi habitada primeiramente pelas tribos manaós, barés, banibas e passés, as quais ajudaram na construção do forte e passaram a morar em palhoças humildes nas proximidades do mesmo.12 A tribo dos "manáos" (na grafia antiga, atualmente mais conhecido como manaós),25considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão de obra escrava e entrou em confronto com os colonizadores do forte.12 As lutas só cessaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos manaós através de casamentos com as filhas dos tuxauas, iniciando assim, à intensa miscigenação na região e dando origem aos caboclos. Um dos líderes da tribo dos manaós foi o indígena Ajuricaba, forte opositor da colonização dos portugueses e que apoiava, no entanto, os holandeses. A morte de Ajuricaba foi um grande mistério: Foi aprisionado e enviado ao Pará, tendo morrido no percurso da viagem.26
Busto de Francisco de Orellana, o descobridor europeu do Rio Negro.
Devido à colonização portuguesa, foi efetuado um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar os traços e obras históricas dos povos indígenas. Pode-se notar isso pela destruição do cemitério indígena, onde se encontra atualmente, a Praça Dom Pedro e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Gonçalves Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.
A população cresceu tanto que, para ajudar no catecismo, em 1695 os missionários (carmelitas, jesuítas e franciscanos) resolveram erguer uma capela próxima ao forte de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade.29 A Carta Régia de 3 de março de 1755 criou a Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (atual Barcelos), mas o governador Lobo D'Almada, temendo invasões espanholas, passou a sede novamente para o Lugar da Barra em 1791, por se localizar na confluência dos rios Negro e Solimões, que era um ponto estratégico.30 O Lugar da Barra perdeu seu status político-administrativo sob influência de D. Francisco de Souza Coutinho, capitão-geral do Grão Pará, que iniciou campanha contra a mudança de sede, o que levou a ser desfeito o ato através da Carta Régia de 22 de agosto de 1798 e, em maio de 1799, a sede voltou a Barcelos. Em consequência da perda de seu status, tornou-se inevitável a decadência do Lugar da Barra.30 Em outubro de 1807, o governador da Capitania, José Joaquim Victório da Costa, deixou Barcelos, transferindo a administração da Capitania definitivamente ao Lugar da Barra.30
Elevação a vila:
Manaus em 1865, Catedral Metropolitana em construção
A partir de 29 de março de 1808, o Lugar da Barra voltaria a ser sede da Capitania de São José do Rio Negro, após proposta de dom Marcos de Noronha Brito ao penúltimo governador capitão de mar-e-guerra, José Joaquim Victório da Costa.30 Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou à categoria de vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei nº 145, da Assembleia Provincial Paraense, adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Em vista de a vila ter assumido foros de cidade, passou a ser chamada de Cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 5 de setembro de 1850, foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1.592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Seu primeiro presidente foi João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1 de janeiro de 1852, com o que sua situação de atraso melhorou bastante.31 Foi criada a Biblioteca Pública e o primeiro jornal foi fundado em 5 de setembro, chamando-se A Província do Amazonas.32 Outro periódico de destaque na cidade foi o Estrela do Amazonas, de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos.32 Tornaram-se, ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais.33
Em 4 de setembro de 1856, pela Lei 68, já no decurso do segundo governo de Herculano Ferreira Pena, a Assembleia Provincial Amazonense deu-lhe o nome de Cidade de Manaus, em homenagem à nação indígena manaos.31
Cabanagem:
A Cabanagem foi um movimento político e um conflito social ocorrido entre 1835 e 1840 no Pará, envolvendo homens livres e pobres, sobretudo indígenas e mestiços que se insurgiram contra a elite política local e tomaram o poder. A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas.34 Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas desbravaram todo o espaço do estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado.
Período áureo da borracha:
Ciclo da borracha e Bonde em Manaus
Teatro Amazonas, um dos luxuosos edifícios construídos com as fortunas da borracha.
No Rio de Janeiro, a República Federativa do Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A província do Amazonas passou a ser o estado do Amazonas, tendo como capital a cidade de Manáos.33 A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada, e o Amazonas, como um dos principais produtores mundiais, orientou sua economia para atender à crescente demanda.36 Intensificou-se o processo de migração para Manaus de brasileiros de outras regiões, sobretudo nordestinos. De acordo com o censo de 1872, 2 199 estrangeiros imigraram para o Amazonas, atraídos pela produção da borracha, sendo que a maioria destes passou a viver em Manaus.37 Os imigrantes eram, principalmente, portugueses, ingleses,franceses, italianos e de outras regiões da América,37 gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas.38 Naquela época, o Nordeste brasileiro foi atingido pela "Grande Seca de 1877-1878", que causou mais de um milhão de mortes, além de uma grande epidemia de cólera. Muitos nordestinos vieram para Manaus fugidos deste fenômeno, chegando ao local em grandes massas.39 Apesar do declínio da borracha no início do século XX, a cidade continuou a receber um notável número de imigrantes. O censo de 1920 registrou 9 963 habitantes estrangeiros no Amazonas, com a maior parte destes vivendo em Manaus. Japoneses, turcos e alemães foram registrados neste censo.37
Em 1892, iniciou-se o governo de Eduardo Ribeiro, que teve um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento.38 Esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha.36 A cidade ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha iniciou os anos de 1900 com uma população em torno de 20 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.
Biblioteca Pública de Manaus no início do século XX.
Na fase áurea da borracha, a cidade foi referência internacional das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública. O período áureo promoveu inúmeras ações nesta área, como a parceria com cientistas internacionais que culminou na erradicação da febre amarela, em 1913.41 No início do século XX, as ações de saneamento estiveram praticamente restritas a Manaus.42 A situação mudou após a criação do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que levou o saneamento para outras partes do Amazonas.33 A infraestrutura da época abrangia bases fixas de operação nas calhas dos principais rios e embarcações que percorriam as comunidades ribeirinhas. O auge do ciclo econômico levou à cidade as mesmas benfeitorias que chegavam ao Rio de Janeiro, a então capital federal.38 O desenvolvimento econômico proporcionou também grande circulação de ideias e permitiu o surgimento de um núcleo de médicos que estava a par das discussões científicas mais avançadas a respeito do combate às doenças tropicais. Escolas de medicina tropical recém-criadas, como as de Londres e Liverpool, na Inglaterra, enviaram missões frequentes para Manaus.42
Em 1910, Manáos ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região. O desempenho do comércio manauense tornou-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente. Manáos, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulhou em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entraram em estado de abandono.
Vista panorâmica do Palacete Provincial, um dos símbolos gerados pela riqueza da borracha.
Período contemporâneo:
Vista aérea de Manaus em 1986.
Com a implantação da Zona Franca de Manaus na década de 1960, a cidade novamente ocupou lugar de destaque entre as principais do Brasil e da América Latina. Ao lado de Cuiabá, capital de Mato Grosso, é a capital que mais cresceu economicamente nos últimos quarenta anos, fato explicado principalmente pela implantação e desenvolvimento da Zona Franca de Manaus,45 que também atraiu milhares de migrantes que ocuparam de forma desordenada a periferia da cidade.
O Regime militar no Brasil tinha como proposta ocupar uma região até então pouco povoada, com a justificativa de criar condições de rentabilidade econômica.47 A grandíssima expansão urbana e demográfica de Manaus na década de 1970 trouxe consequências positivas e negativas para o município, que viu-se obrigado a abrigar cada vez mais migrantes vindos de diversas regiões brasileiras e do interior do estado, atraídos por uma melhor qualidade de vida.48 Na questão ambiental, Manaus sofreu diversas ocupações irregulares em suas áreas verdes entre as décadas de 1970 e 1980, que originaram, por sua vez, grande parte dos bairros periféricos da zona urbana.49Em 2006, verificou-se que o município já havia desmatado 22% de sua área urbana.49 Até meados da década de 1970, a população manauense concentrava-se, sobretudo, nas regiões sul, centro-sul, oeste e centro-oeste do município, havendo uma densa população vivendo às margens de igarapés.50 Como medida para desvirtuar as grandes ocupações irregulares de lotes em Manaus, o governo passou a criar loteamentos de terra regulares voltados para os migrantes que chegavam à cidade. Bairros como Cidade Nova, São José Operário e Armando Mendes surgiram desta iniciativa. Neste período, acentuaram-se as degradações ambientais, principalmente nas zonas leste e norte,50 uma vez que essas regiões da cidade sofreram os maiores impactos ambientais, poluição de rios e perda de biodiversidade e mata nativa nos últimos anos.
A cidade vista a partir do rio.
Em 1991, o município atingiu o total de um milhão de habitantes, sendo que 23 anos depois, em 2014, ultrapassou os dois milhões de habitantes.51 52 Se configura atualmente na vigésima sexta cidade mais populosa da América e na sétima mais populosa do Brasil, abrigando mais da metade da população do Amazonas.53 Na questão econômica e educacional, está entre os cinco municípios brasileiros com participação acima de 0,5% no PIB do país que mais crescem economicamente,54 e abriga a universidade mais antiga do país, a Universidade Federal do Amazonas, fundada em 1909.55 Entretanto, apesar do crescimento de qualidade de vida registrado, a Região Metropolitana de Manaus (RMM), do qual o município é sede, possui o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as 16 principais metrópoles do Brasil, com 0,720 pontos, superior apenas à Região Metropolitana de São Luís.56
Em 30 de maio de 2007, foi criada a Região Metropolitana de Manaus, através da Lei Estadual nº 52. Conforme a lei, Manaus foi definida como sede da região metropolitana, que passou a ser formada por outros sete municípios:Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.57 A Região Metropolitana de Manaus foi a segunda a ser criada na Região Norte brasileira, transformando-se na maior do país em área territorial, com seus 101 475 km².5

 

Geografia:

Geografia de Manaus
Imagem de satélite de Manaus.
Região de floresta amazônica próxima de Manaus.
Manaus localiza-se na microrregião homônima e na mesma região do Centro Amazonense, na margem esquerda do Rio Negro, com uma área de 11.401,058 km² e uma densidade de 177,2 hab./km², sendo a segunda maior capital estadual no Brasil em área territorial. Ilhas, arquipélagos e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, com destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nos limites com Novo Airão, e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade.61 Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva,Itacoatiara e Novo Airão.
O relevo é caracterizado por planícies, baixos planaltos e terras firmes, com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica; tornam-se bastante visíveis nas proximidades dos rios. As elevações são encontradas nos limites com Roraima e Venezuela, onde encontramos as serras de Itapirapecó, Imeri, Urucuzeiro e Cupim.
Os rios que passam por Manaus são o Negro e o Solimões e, ao se encontrarem, formam o grande rio Amazonas. O Rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o mais extenso rio de água negra do mundo e o segundo maior em volume de água ? atrás somente do Amazonas. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica e também conecta-se com o Orinoco através do Canal do Cassiquiare. Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o Rio Branco e o rio Vaupés, que disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare, drena a região leste dos Andes na Colômbia. Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e passa a chamar-se rio Amazonas. O rio Solimões começa no Peru e, ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe o nome de Solimões. O rio Amazonas é o maior rio da Terra, tanto em volume d'água quanto em comprimento (6.992,06 km de extensão). Tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no oceano Atlântico, junto ao rio Tocantins.
 
Município de Manaus
"Paris dos Trópicos"1
"Porto de Lenha"
"Metrópole da Amazônia"
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Do topo, em sentido horário: Encontro das Águas; Teatro Amazonas; vista geral da cidade; Arena da Amazônia e Ponte Rio Negro.
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Bandeira
Brasão
Hino
Fundação
24 de outubro de 1669(345 anos)
Gentílico
manauense; manauara
Lema
Nap dlise or armozen
"A metrópole da Amazônia"
Prefeito(a)
Arthur Virgílio Neto (PSDB)(2013?2016)
Localização
clip_image004
Localização de Manaus no Amazonas
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Manaus
Localização de Manaus no Brasil
clip_image0073° 6' 0" S 60° 01' 0" O
Unidade federativa
clip_image008 Amazonas
Mesorregião
Centro Amazonense IBGE/20132
Microrregião
Manaus IBGE/20133
Região metropolitana
Manaus
Municípios limítrofes
Norte: Presidente Figueiredo;
Sul: 
Careiro e Iranduba;
Leste: 
Rio Preto da Eva eItacoatiara;
Oeste: 
Novo Airão
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Distância até acapital
3 490 km4
Características geográficas
Área
11 401,092 km² 5
População
2 020 301 hab. (AM: 1º) ? IBGE/20146
Densidade
177,2 hab./km²
Altitude
92 m 7
Clima
Tropical Am8
Fuso horário
UTC-4
Indicadores
IDH-M
0,737 (AM: 1º) ? alto PNUD/20109
PIB
R$ 49 824 579 mil (BR: 6º) ? IBGE/201210 11
PIB per capita
R$ 26 760,96 IBGE/201210
Página oficial
Prefeitura
www.manaus.am.gov.br
Câmara
www.cmm.am.gov.br

Wikipédia
















































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