Amazônia na Segunda Metade do Século XIX - Questões de Vestibulares
História do Brasil e do Mundo

Amazônia na Segunda Metade do Século XIX - Questões de Vestibulares



1) A cidade moderna em que acabamos de chegar é chamada pelos brasileiros A Barra do Rio Negro. Situa-se a leste da fortaleza a cerca de mil passos geométricos do sítio de Manaos. Ela está constituída numa superfície tão irregular que chega a ter morrinhos mais altos do que os telhados das casas, o que seria pitoresco se não fosse absurdo. 
Paul Marcoy. Viagem Pelo Rio Amazonas. Manaus: Edua/Secretaria de Estado da Cultura, 2001) 

A descrição acima, feita por um viajante francês em meados do século XIX, flagra o acanhamento do núcleo urbano daquela que anos depois seria a sede da Província do Amazonas. 
Das alternativas abaixo, associadas à história de Manaus, assinale aquela que está INCORRETA. 
a) A mudança de denominação de Lugar da Barra para Cidade de Manaus ocorre em 1856 por iniciativa de Tenreiro Aranha. 
b) Sua origem remonta à construção da Fortaleza de São José do Rio Negro, em 1669, e aos aldeamentos fundados em sua adjacência. 
c) Por intervenção de Lobo D’almada, em 1791, é transferida de Barcelos para o Lugar da Barra a sede da Capitania de São José do Rio Negro. 
d) Em 1832 é alterado o seu predicamento, passando de lugar para vila. 
e) Em 1848 é estabelecido o predicamento de cidade, com a denominação de N. S. da Conceição da Barra do Rio Negro. 

2) (PSC/2003) A borracha brasileira propiciou o desenvolvimento industrial de vários países, mas na Amazônia foi responsável apenas por um pequeno período faustoso, no qual, segundo se diz, “uma minoria chegou a acender charuto com dinheiro”. Dentre as alternativas, a que melhor caracteriza este pequeno período, do ponto de vista econômico, foi: 
a) A criação de indústrias de base produzindo equipamentos que diminuíram a atividade predatória e aumentaram a produtividade. 
b) A valorização da terra e a corrida aos cartórios para assegurar a posse dos coronéis de barranco. 
c) O aumento do poder aquisitivo dos seringueiros proveniente da prática do aviamento. 
d) A diversificação da economia geradora do crescimento autossustentado. 
e) A introdução da navegação a vapor e o investimento na compra destas embarcações pelo capital nacional. 

3) (PSC/2004) Euclides da Cunha ficou impressionado com o regime espoliativo do aviamento e escreveu: “(...) o homem, ao penetrar as duas portas que o levam ao paraíso diabólico dos seringais, abdica às melhores qualidades nativas e fulmina-se a si próprio (...) trabalha para escravizar-se”. 
(CUNHA, Euclides da. À Margem da História, I Parte, “Na Amazônia, Terra sem História”.) 

A despeito da impiedade do sistema de aviamento, ele sustentou a estrutura social na Amazônia. Dentre outros motivos, esta sustentação deveu-se: 
a) À distribuição de renda equitativa nos centros urbanos. 
b) Ao peso da tradição secular do escambo. 
c) À monetização da sociedade assentada no mercado capitalista. 
d) À atrofia do setor terciário. 
e) Ao estímulo da industrialização. 

4) (PSC/2005) A produção de borracha na Amazônia: 
a) Favoreceu a ascensão social do seringueiro. 
b) Propiciou o aparecimento do regatão. 
c) Instituiu o barracão como unidade produtiva. 
d) Incentivou o acúmulo de capital e do mercado interno. 
e) Consolidou o sistema de aviamento. 

5) (PSC/2005) “Enquanto restrito à crítica de grupos econômicos localizados (...) a greve dos estivadores poderia ser tolerada e até mesmo incentivada por certos setores da sociedade (...) [mas] o vigor com que entabulavam suas reivindicações e a capacidade de articulação interna demonstrada pelos trabalhadores, ensejava receios de uma ampliação desmedida do movimento paredista que, suscitando apoios e solidariedades de outras categorias e mostrando-se um caminho alternativo dos trabalhadores para a conquista de melhorias efetivas, poderia por em xeque a própria estrutura social”. 
(PINHEIRO, Maria Luiza U. A cidade sobre os ombros: trabalho e conflito no Porto de Manaus -1889-1925. pp.163/4) 

A autora se refere à greve dos estivadores de Manaus, deflagrada em 1889. A relação entre a situação descrita no texto e fatos ocorridos na época, é expressa corretamente por: 
a) A mecanização dos portos e a queda vertiginosa no crescimento da indústria de pneumáticos reduziram a necessidade dos estivadores, que foram dispensados e reivindicaram suas recontratações. 
b) Os estivadores articulavam-se para combater a concorrência de mão-de-obra com os migrantes nordestinos que, ao chegarem a Manaus, em vez de seguirem para os seringais, empregavam-se nos serviços de estiva. 
c) A principal reivindicação dos grevistas era o reajuste do pagamento de suas diárias, depreciadas pelo aumento da jornada de trabalho, não sendo portanto suficientes para acompanhar a alta do custo de vida. 
d) A Associação Comercial do Amazonas deu apoio incondicional aos estivadores temendo que uma greve prolongada pusesse seus negócios em risco. 
e) Atos de repressão violenta levaram à greve geral e à radicalização do movimento dos estivadores que receberam o apoio do Sindicato dos Carroceiros e da Federação Marítima. 

6) (PSC/2006) A recente historiografia sobre o desenvolvimento urbano de Manaus tem asseverado que: 
a) A importante modernização da cidade iniciada em fins do século XIX gerou também diversos conflitos e problemas sociais em decorrência de medidas segregadoras subjacentes aos projetos urbanísticos e de saneamento; 
b) O desenvolvimento urbano foi fruto da iniciativa pioneira de Eduardo Gonçalves Ribeiro, responsável pela aplicação do projeto urbanístico e pelas edificações mais suntuosas da cidade; 
c) A riqueza gerada pela exploração da borracha ao mesmo tempo em que favoreceu o desenvolvimento urbano de Manaus e seu embelezamento, impediu o surgimento de contradições sociais, pela maior oferta de empregos e pela adoção de melhores salários; 
d) Por força da forte presença de ingleses e franceses, a população da cidade incorporou hábitos europeizados, abandonando os costumes, valores e práticas regionais. 
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 

7) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o período da economia da borracha: a) A Amazônia exportava a borracha principalmente para Nova Iorque e Liverpool. Manaus e Belém eram os centros de exportação do produto e cresciam em termos urbanos;
b) O índio era violentamente desalojado de suas terras e o seringueiro, explorado cruelmente;
c) O inglês Henry Wickham contrabandeou para a Inglaterra sementes de seringueira. As mudas foram transferidas para o Oriente, cresceram e transformaram-se em seringais racionalmente planejados;
d) A borracha da Amazônia, no auge de sua produção, organizava-se a partir de uma estrutura de alto nível cientifico e tecnológico;
e) A borracha da Amazônia entrou em crise por causa da concorrência Oriental.

8) Sobre o fracasso da exploração da seringueira (produção da borracha) na Amazônia, é correto afirmar que uma de suas principais causas foi: 
a) a falta de mão-de-obra especializada na região, suprida pela migração nordestina que, no entanto, mostrou-se insuficiente. 
b) a concorrência com a borracha produzida nas colônias britânicas do Sudeste asiático, cujo preço no mercado internacional era inferior. 
c) a inadequação dessa atividade ao clima tropical úmido, que dificultava o transporte e o armazenamento do látex. 
d) a crise econômica decorrente da Primeira Guerra Mundial, que paralisou as exportações brasileiras e a produção da borracha. 
e) o subsídio governamental à produção de algodão e cacau no Nordeste, que tornou esses produtos mais lucrativos. 

9) Analise as alternativas abaixo sobre o Ciclo da Borracha e assinale a única INCORRETA: 
a) Marcou a economia amazônica durante a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX; 
b) Os nordestinos migraram aos milhares para a Amazônia. Eles procediam principalmente do Ceara de onde embarcavam para Belém ou Manaus, em navios superlotados; 
c) As relações de trabalho na Amazônia ficaram conhecidas por aviamentos, onde os seringueiros recebiam o rancho de mantimentos e utensílios para o trabalho, quando eles trouxessem a borracha, abatiam as suas dividas; 
d) A produção de borracha desmoronou depois de 1914. O dumping oriental desmantelou a produção amazônica; 
e) O ciclo de borracha proporcionou melhorias notáveis para Manaus. Construíram-se prédios públicos, aterram-se igarapés, calçaram-se ruas, aberturas de praças. Tudo foi realizado com recursos do governo federal e estadual. 

10) O presidente boliviano Evo Morales relembrou recentemente o conflito entre Brasil e Bolívia pelo Acre, na passagem do século XIX para o XX. A disputa pelo Acre envolveu: 
a) interesses ligados à exploração do látex, que provocaram, na segunda metade do século XIX, grande migração de brasileiros para a região; 
b) mediação de potências estrangeiras, que tentaram aproveitar a disputa entre os países sul-americanos para obter o gás boliviano a baixo preço; 
c) conflito armado entre os dois estados e suas respectivas populações, que se estendeu por duas décadas e provocou a dizimação da população acreana; 
d) longo processo de negociação, que culminou comum acordo por meio do qual o Brasil arrendava o Acre pelo prazo de cem anos; 
e) compromissos de ambos os estados na desmilitarização da região e na partilha igual dos lucros obtidos na exploração agrícola e extrativista. 






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