Afonso VI, o Vitorioso
História do Brasil e do Mundo

Afonso VI, o Vitorioso


(1643 - 1683)



23.º Rei de Potugal (1656-1668) nascido a 21 de agosto de em Lisboa, cujo nome é lembrado apenas por uma série de vitórias militares contra a Espanha, como Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) e Montes Claros (1665), pois internamente seu reinado foi marcado por disputas internas, entre parentes, pelo trono. 2.° filho de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, filha do duque de Medina Sidónia, com o falecimento de seu irmão mais velho, o príncipe D. Teodósio, foi jurado herdeiro (1653). Subiu ao trono após a morte do pai (1656), sob a regência de sua mãe (1656-1662). Tido como perturbado mentalmente por causa de uma paralisia aos três anos de idade, e de espírito fraco, assumiu de fato o trono, no bojo de uma manobra liderada por Luís de Vasconcelos e Sousa, terceiro conde de Castelo Melhor, o primeiro-ministro e escrivão de puridade que se tornou sua eminência parda e exerceu o poder, com eficiência mas com exagerado autoritarismo. Em seu governo Portugal reorganizou as finanças e praticamente completou a obra da restauração, vencendo os espanhóis em Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) e Montes Claros (1665), o que consolidou a independência de Portugal. Isso explica que este rei tenha se tornado conhecido como o Vitorioso.

A Guerra da Restauração terminou com o tratado de paz assinado (1668). Embora em seu governo tenha internamente reorganizado as finanças do país e apesar das vitórias militares, seu reinado foi marcado por disputas entre seus partidários e os de Pedro, seu irmão. Levado a fazer um casamento político com D. Maria Francisca Isabel de Savóia, da alta nobreza da França, filha do Duque de Nemours, por razões de seus problemas físicos. O enlace nunca chegou a ser consumado e pelo direito canônico as condições do rei não lhe permitiam fazer casamento válido. Nesse longo processo, o rei perdeu sucessivamente seu casamento, seu reinado e finalmente a liberdade. O infante D. Pedro, futuro Pedro II, apoiado no fato de que o rei não teria condições de governar, aliou-se com sua mulher, D. Maria Francisca Isabel de Savóia, e com o apoio de grande parte da aristocracia e de manifestações de descontentamento popular, ambos levaram o rei a assinar uma declaração de renúncia ao governo (1668) e as cortes nomearam D. Pedro príncipe regente. Sob alegação de incapacidade seu casamento foi anulado e D. Francisca casou-se com D. Pedro. Deposto (1668), terminou seus dias como prisioneiro no arquipélago dos Açores e morreu no palácio de Sintra, vítima  de um ataque apopléctico, durante uma missa..
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