Em 1911, uma revolução derrubava o ditador Porfírio Díaz (1830-1915), que se encontrava no poder desde 1876. Por essa época, quase todo território mexicano pertencia a cerca de 840 latifundiários.
A falta de terra para os pequenos agricultores e os baixos salários pagos pelos capitalistas estrangeiros aos trabalhadores, somados à opressão política, deram origem a vários conflitos no país, todos eles fortemente sufocados pelas tropas governamentais.
Em 1910 Francisco Madero (1873-1913), um aristocrata liberal defensor de reformas, liderou uma rebelião que culminou na queda do ditador no ano seguinte. Grande parte do êxito da revolta deveu-se a dois líderes camponeses: Pancho Villa (1878-1923) e Emiliano Zapata (1879-1919). Villa criou milícias revolucionárias no norte do México; Zapata organizou e armou forças camponesas no sul do país.
Retrato de Emiliano Zapata, por Diego Rivera
Uma vez no poder, Madero entrou em choque com Villa e Zapata. Estes queriam uma reforma agrária que extinguisse os latifúndios. Já o presidente Madero temia a radicalização do processo revolucionário. Em fevereiro de 1913, Madero foi assassinado pelo general Huerta. Pouco depois, forças norte-americanas ocuparam o porto de Vera Cruz. Huerta afastou-se do poder e a Presidência da República passou a ser ocupada pelo liberal Venustiano Carranza.
Em 1917 foi aprovada uma nova Constituição e uma lei Agrária que autorizava a desapropriação de grandes propriedades e a distribuição de terras entre os camponeses. Dois anos depois, Zapata era assassinado em uma emboscada armada por forças do governo. Quanto a Carranza, também seria morto em 1920 por soldados a serviço do general Álvaro Obregón, que em seguida se elegeria presidente da República. Terminava assim, a Revolução Mexicana.
Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único
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