A Renúncia de Jânio Quadros
História do Brasil e do Mundo

A Renúncia de Jânio Quadros


Na tarde de 25 de agosto de 1961, o ministro da Justiça entregou ao Congresso um documento em que Jânio Quadros renunciava à presidência da República. Em outra carta, tentando imitar a famosa carta-testamento de Getúlio Vargas, ele dizia: Fui vencido pela reação e assim deixo o governo (...) Forças terríveis levantaram-se contra mim (...) Encerro assim com o pensamento voltado para a nossa gente (...) Evidentemente a semelhança entre um e outro ato político era mínima, pois Jânio não teve a coragem política de Getúlio Vargas.

Jânio esperava que um amplo movimento popular o levasse de volta à presidência, que o Congresso não aceitasse a sua renúncia e que as Forças Armadas não quisessem que o vice, João Goulart tomasse posse como presidente, pois isso seria o retorno do sindicalismo getulista. Mas, nada disso aconteceu. Nenhum movimento popular pediu a volta de Jânio. O Congresso Nacional aceitou rapidamente o pedido de renúncia, empossando interinamente o presidente da Câmara Raniere Mazzilli, no cargo de presidente da República. Somente uma parte dos cálculos de Jânio parecia estar certa: os ministros militares não concordavam com que o vice-presidente, eleito legalmente tomasse posse. Havia mesmo uma ordem de prisão para João Goulart quando ele voltasse da sua viagem diplomática à China.

Mas uma reação legalista e popular tomou conta do país. Do Rio Grande do Sul é que partiu a mais forte reação contra os ministros militares golpistas. De um lado, o governador Leonel Brizola organizou a chamada Cadeia da Legalidade, que, pelo rádio, transmitia constantemente notícias da resistência gaúcha contra o golpe. Mas o mais importante foi a posição do general Machado Lopes, comandante do III Exército, importante força militar do país, que emitiu um comunicado garantindo a posse de João Goulart.

A crise foi solucionada quando parlamentares e militares chegaram a um acordo, propondo a instituição do regime parlamentarista. O articulador foi o deputado Tancredo Neves, que viajou para o Uruguai, país onde o presidente João Goulart aguardava uma solução depois de viajar por vários países, pois estava impedido de entrar no Brasil.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

Technorati Marcas: renúncia de Jânio Quadros,cadeia da legalidade,Machado Lopes,Tancredo Neves

Assine nosso feed. Obrigado pela visita e volte sempre!





- Ranieri Mazzilli
Paschoal Ranieri Mazzilli nasceu em Caconde, no interior de São Paulo, em 27 de abril de 1910. Ingressou na política em 1942, quando atuou como diretor do Tesouro Público Nacional. Exerceu o cargo de secretário-geral de Finanças da Prefeitura do...

- O Governo João Goulart (1961-1964)
Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do vice-presidente João Goulart ao posto presidencial. Tendo sérias desconfianças sobre a trajetória política de Jango, alguns membros das Forças Armadas alegavam que a passagem...

- Domingo Trollface !!! Não Seja Um Forever Alone E Leia
Aqui hoje, no segundo domingo do Grupo TROLLFACE, Pedro postando XD. Hoje eu resolvi falar um pouco sobre, o Golpe militar de 64. É isso ae, não seja um Forever Alone e LEIA... GOLPE MILITAR DE 64O golpe militar ocorrido a 31 de março de 1964, no Brasil...

- Tancredo De Almeida Neves
  (1910 - 1985) Estadista brasileiro nascido em São João del Rei, Minas Gerais, que como representante típico da tradição moderadora da política mineira, caracterizou-se pela tendência à conciliação e à negociação, sem prejuízo...

- João Goulart - Parlamentarismo: Sim Ou Não?
Campanha pró-presidencialismo - 1963. Arquivo Nacional Parlamentarismo: sim ou não? No dia 6 de janeiro de 1963 o eleitorado brasileiro foi consultado, através de um plebiscito, sobre a manutenção do regime parlamentarista instaurado no país em...



História do Brasil e do Mundo








.