A descoberta das civilizações mesopotâmicas
História do Brasil e do Mundo

A descoberta das civilizações mesopotâmicas


mapa do Crescente Fértil

Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa

A antiga Mesopotâmia situava-se na região do Crescente Fértil, entre os rios Tigre e Eufrates. Durante muito tempo, esse território permaneceu quase desconhecido, sendo a Bíblia a única forma de se conhecer alguns aspectos das civilizações da Mesopotâmia. Mesmo assim, as informações bíblicas eram escassas e pouco reveladoras, uma vez que estavam diretamente relacionadas à história do povo hebreu. Além disso, as histórias dos povos mesopotâmicos contidas na Bíblia revelam os grandes feitos de reis e guerreiros e quase nada trazem sobre a vida cotidiana daqueles povos. É por essa razão que a descoberta dos registros de documentos mesopotâmicos em tabuinhas de argila, trazem para a história uma nova forma de abordar a vida dessas civilizações.

As primeiras inscrições em tabuinhas de barro foram encontradas por viajantes e mercadores, o que ocasionou uma dispersão dos achados arqueológicos, dificultando os trabalhos posteriores de decifração. Isso porque muitos dos materiais recolhidos foram vendidos em mercados para turistas e colecionadores particulares que mantiveram afastadas peças complementares que permitiriam o entendimento de um contexto maior. Ainda hoje, muitas tabuinhas estão espalhadas por diversos países, entretanto os trabalhos de decifração, iniciados na segunda metade do século XVII, já permitem um panorama relativamente completo do que constituiu a história da Mesopotâmia.
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Um dos primeiros viajantes a trazer ao ocidente os sinais de uma escrita exótica, mais tarde denominada cuneiforme, foi Pietro della Valle, nos últimos anos do século XVI. A partir da descoberta de della Valle, muitos arqueólogos de diversos países iniciaram estudos a fim de traduzir as tábuas encontradas, mas somente em 1852, um arqueólogo inglês, Henry Rawlinson, apresentou a primeira transliteração convincente de 246 sinais cuneiformes. Seu trabalho foi auxiliado e continuado por uma série de outros pesquisadores, dentre os quais, cita-se: Paul Emile Botta, Austen Henry Layard e George Smith. Esse último, realizou a tradução de um trecho da Epopéia de Gilgamesh que narra a história de um dilúvio. Essa descoberta causou forte impacto na Europa, durante o século XIX, por apresentar um texto pagão aparentemente antecipando a Arca de Noé. O trabalho de Smith teve continuidade com outros pesquisadores que desenvolveram pesquisas de conteúdos semelhantes. Durante o século XIX, muitos deles tiveram que enfrentar os problemas causados pelos questionamentos sobre a veracidade bíblica. Atualmente, sabe-se que esses mitos fazem parte de um sincretismo cultural maior e têm seus valores próprios e méritos independentes como obras literárias. E mesmo as comparações com o Antigo Testamento possibilitam uma oportunidade única de estudar povos diferentes, a partir de suas semelhanças. No que diz respeito à arqueologia desse século, a Mesopotâmia tem recebido atenção especial, uma vez que grande quantidade de inscrições cuneiformes ainda estão esperando a tradução.

Projeto Chronos

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