TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
ÁREA DE ATUAÇÃO
Em institutos e empresas de pesquisa e desenvolvimento;
Prestar assistência técnica no desenvolvimento de projetos tecnológicos agropecuários;
Em empresas que prestam assessoria e acompanhamento agropecuário;
Desenvolver programas de nutrição e manejo alimentar em projetos zootécnicos;
Em empresas e indústrias que atuam no complexo agroindustrial;
Adquirir, preparar, transformar, conservar e armazenar matéria-prima e produtos agroindustriais;
No desenvolvimento de empreendimentos agrícolas próprios;
Cultivar sistemas e plantios abertos ou protegidos;
Produzir mudas (viveiros) e sementes;
Planejamento de ações referentes aos tratos das culturas;
Planejar e acompanhar a colheita e a pós-colheita;
Elaborar projetos topográficos e de impacto ambiental;
Prestar assistência técnica e atuar na administração rural.
COMPETÊNCIA TÉCNICA
O Profissional em Agropecuária deverá desenvolver e aplicar, com senso de julgamento e ética, as habilidades, informações e conhecimento das condições locais e regionais, o domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna, buscando uma exploração e gerenciamento dos recursos naturais de forma não impactante, com competências que venham a favorecer um permanente aprimoramento profissional e acompanhamento das mudanças freqüentes e desenvolvimento no cenário agrícola, com vistas à qualidade e a sustentabilidade econômica, ambiental e social.
MERCADO DE TRABALHO
O técnico em agropecuária exerce atividades tanto na Zootecnia quanto na agricultura.
Por isso, trata-se de um profissional altamente versátil.
Após a formação, o profissional está qualificado para atuar nas seguintes áreas:
Olericultura
Culturas Anuais
Culturas Perenes
Avicultura, Cunicultura, Caprinocultura, Apicultura.
Suinocultura
Bovinocultura
Fonte: www.eafb.org.br
Produzir para crescer
A agricultura constitui, ao lado da criação de animais, a primeira atividade econômica da humanidade. Teve início durante o período Mesolítico (de 10000 a 5000 a.C.).
A aprendizagem foi longa, e só no Período Neolítico (cerca de 5000 a 2500 a.C.). Os homens se fixaram na terra e formaram vilas sustentadas pela agricultura. Com a estabilidade alcançada, as condições de reprodução da vida se tornaram muito mais favoráveis, pois havia mais alimento disponível e a ida sedentária era muito mais segura.
Foi em torno das atividades agropecuárias que se desenvolveram as grandes civilizações orientais: a mesopotâmica (às margens dos rios Tigres e Eufrates) e a egípcia (as margens do rio Nilo).
Do campo para a cidade
O aperfeiçoamento da técnica permitiu o aumento da produção e a geração de excedentes que poderiam ser guardados para o consumo em épocas mais difíceis. As aglomerações urbanas se multiplicaram, e a primitiva divisão de tarefas por sexos deu lugar a divisão de trabalho por categoria social.
Os escravos e camponeses livres realizavam o trabalho manual e cuidavam da terra; os governantes, em geral sacerdotes e guerreiros, controlavam os excedentes produzidos, apoderando-se de toda a produção.
Desse modo, a divisão do trabalho começava a ser marcada também por uma divisão territorial: de um lado, moradores e trabalhadores do campo, de outros, moradores e trabalhadores das cidades.
O campo era a fonte de desenvolvimento econômico-social, e essa, característica predominou não apenas entre as civilizações do antigo Egito e da Mesopotâmia, mas atravessou as civilizações clássicas a partir de 600 a.C. (Grécia e Roma) e alcançou a Idade Média. Apenas nos séculos XIV e XV, com a transição para o capitalismo, a agricultura deixou de ser a atividade econômica principal.
O mundo rural pré-capitalista
Na civilização clássica, as cidades se multiplicaram e se desenvolveram em tamanho e importância. Além de centro administrativo e religioso, passaram a ser também local de trocas comerciais. A principal força de trabalho eram os esccravos, que cuidava, de toda a produção agrícola.
Capitalismo e atividades urbanas
Alguns estudiosos consideram que o feudalismo só terminou no século XVIII, com a Revolução Industrial, pois até então a base da economia e das relações sociais seria o mundo rural. Para eles, somente com a urbanização resultante da industrialização o espaço urbano definitivamente se sobrepôs ao campo.
Em geral, no entanto, considera-se que a transição do feudalismo para o capitalismo se deu entre o final da Idade Média (séculos XIII e XIV) e o início da Idade Moderna (séculos XV a XVI).
Nesse período, emergia a economia de mercado, movida pelo sistema monetário. O senhor feudal já não cobrava em espécie ou em trabalho pelo cultivo que o servo fazia em suas terras. A dívida passava a ser em dinheiro. A pequena produção familiar artes retal se desenvolvia, voltando-se cada vez mais para o mercado. Começou por produzir instrumentos de trabalho (ferramentas, moldes) para o camponês e ampliou-se para a manufatura, num processo irreversível que se aprofundou com o desenvolvimento do capitalismo.
Formas Capitalistas e não capitalistas de produção agrícola
Na fase do capitalismo comercial (séculos XV a XVII), o ciclo de reprodução do capital se fazia sobretudo com base na circulação e no consumo de mercadorias, as únicas fases já tipicamente capitalistas. As necessidades impostas pelas trocas comerciais, diante da ampliação do mercado internacional, impuseram profundas mudanças à produção de mercadorias. Na agricultura o camponês passou a fazer parte do sistema de produção capitalista, surgindo a figura do produtor individual, ou seja, aquele voltado não mais para a sua subsistência, mas sim para o mercado. Em algumas regiões, sobretudo no Leste europeu, as relações feudais não cessaram de imediato, e o trabalho servil ainda foi mantido nas grandes propriedades.
Ao mesmo tempo, ganharam espaço as formas tipicamente capitalistas de produção agropecuárias: grandes propriedades de terra cultivadas por trabalhadores assalariados.
Com a expansão marítima e as grandes descobertas, as metrópoles européias passaram a produzir também em suas colônias da América, África e Ásia. Nas novas possessões, foram criadas grandes propriedades para monocultura de produtos tropicais como a cana, algodão e frutas, com base no trabalho escravo.
Fonte: www.algosobre.com.br