História do Brasil e do Mundo
047 ? FRANCISCO DE BRITO PEIXOTO:O FIM DE UM LUTADOR
047 ? FRANCISCO DE BRITO PEIXOTO: O FIM DE UM LUTADOR Francisco de Brito Peixoto, o qual a sua própria custa, sem receber da Coroa Portuguesa qualquer soma em dinheiro, desbravou com seus homens todo o Continente do Rio Grande, mantendo ali postos avançados da conquista, tendo sido abastado, aplicou toda a sua fortuna neste empreendimento a serviço d?El Rey |
Rei de Portugal D. João V |
. Velho e com problemas de saúde, quase inválido, atingido pela miséria, teve o pretexto de pedir um padre para Santo Antônio dos anjos da Laguna bem como ordenamentos para a sua Igreja, foi ele as portas de seu Real Senhor, D. João V, a quem tinha muito respeito e carinho,servindo há mais de meio século com total lealdade, deste modo escreveu-lhe uma carta no mês de Abril do ano de 1730, com a narração de todos os seus trabalhos e agradecendo-lhe as honrarias que lhe haviam sido concedidas |
Capitão Francisco de Brito Peixoto |
. O Conde de Sarzedas, Governador General da Capitania de São Paulo, foi muito favorável a que se viesse a atender os apelos do velho povoador Francisco de Brito Peixoto,e o Conselho Ultramarino louvou-lhe com forte zelo, no entanto não passou disto, na prática nada ocorreu |
Capitão Francisco de Brito Peixoto |
. Francisco de Brito Peixoto no ano de 1733, foi insistente, pedindo-lhe a mercê de uns campos de terras, as quais iam do Tramandaí ao Rio grande |
Capitão Francisco de Brito Peixoto |
. Sua súplica era digna de muita atenção, quem conhecia o Capitão Francisco de Brito Peixoto sabia que suas ações sempre eram louváveis, compreendendo as angústias que a velhice lhe sufocava. ?_ e para Vossa Majestade dispor o que for mais de seu serviço esta representação e suplício queriam os olhos de sua grandeza nos meus requerimentos e serviços que andam no tribunal, para que ao menos na minha velhice veja premiados os grandes trabalhos e despesas que eu e meu pai, que Deus haja, temos padecido em fazer e aumentar esta povoação, para aumento deste Estado e Fazendo de Vossa Magestade?. |
Rei de Portugal D João V
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Mandou o Rei de Portugal D João V ao Governador de São Paulo o requerimento e este o enviou à Câmara de Santo Antônio da Laguna, para que sobre o assunto se manifestasse. A informação foi favorável, a Câmara não poderia deixar de assim pronunciar-se, entretanto, alguns particulares interessados pelas terras reivindicadas pelo Capitão Francisco de Brito Peixoto se colocaram em oposição, alegando que na referida concessão pretendida já havia 27 estâncias |
Rei de Portugal D João V |
. Por tal documento, o que prevaleceu foram as informações da Câmara e sobre os trabalhos prestados bem como todas as considerações a respeito das despesas feitas e com as quais esgotaram os últimos recursos, o Rei de Portugal D. João V, como prêmio merecido com louvor a tão devotados serviços, ordenou que se desse ao Capitão Brito Peixoto uma Sesmaria de Légua e Meia em Quadro, concessão que se fazia a qualquer um que viesse a solicitar. Retribuiu desta forma mesquinhamente, a Coroa Portuguesa aquele que tanto fez doando suas posses pelos empreendimentos reais |
Capitão Francisco de Brito Peixoto |
No dia 31 do mês de Outubro do ano de 1735, depois de tanto esperar em vão, num curso de 02 anos, um gesto real de reconhecimento. Ao menos a concessão de algo tão ambicionado por tantos capitães nos empreendimentos reais, o capitão Brito Peixoto recebeu o honrado Hábito de Cristo, assistido por sua sobrinha Ana de Brito e pelo Padre Luís Alves |
Capitão Francisco de Brito Peixoto |
. O Capitão Francisco de Brito Peixoto fez um último pedido quando recebeu a Honraria do Hábito de cristo, pediu para ser enterrado aos pés de Santo Antônio dos Anjos nas terras em que seu pai e seu irmão conquistaram com muito sacrifício, na vila em que deram todo o calor de sua existência.
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